21/01/2014

A Igreja é desejada por Cristo

A Igreja, presente no plano eterno de Deus antes da fundação do mundo, fundada por Cristo, desejada por Cristo, amada por Cristo é peregrina; caminha na história. Isto faz parte da sua essência, pois que ela é continuadora e testemunha da obra salvífica de Deus que, sendo eterno e imutável, entrou no tempo dos homens, primeiro na história de Israel, o Povo eleito da Antiga Aliança e, na plenitude dos tempos, de modo pleno, em Jesus Cristo, Cabeça e princípio da Igreja e Salvador da humanidade. O Senhor Jesus veio instaurar o Reino de Deus e por isso e para isso fundou a Sua Igreja.

A verdade de Deus, transmitida na Tradição apostólica, é imutável, mas vai sendo compreendida cada vez mais, cada vez melhor, cada vez de modo mais abrangente pela Igreja através do tempo. Não há como fugir disso: a temporalidade, a progressão, é inerente ao homem! Como também as limitações da cultura de cada tempo e civilização. E a Igreja, portadora da eternidade que entrou no tempo, vai peregrinando, vai compreendendo sempre mais e melhor nos caminhos da história; assim vai exprimindo sempre a mesma Verdade - que não é simplesmente uma teoria humana ou uma doutrina deste mundo, mas uma Pessoa: Jesus Cristo - de modos novos e com palavras novas. 


Mas, ela não precisa temer! Cristo lhe prometeu: “Eu estarei convosco até o fim dos tempos!” Prometeu-lhe também o “Espírito da Verdade”, que haverá sempre de conduzir adiante a sua Igreja, até a Verdade plena, pois testemunhará sempre Jesus e Sua salvação: “Ele tomará do que é Meu e vo-lo anunciará!” Por isso a Igreja sabe que nunca poderá errar na sua profissão de fé. 

Essa profissão não é um velho baú, cheio de verdades teóricas enferrujadas, mas, ao invés, é a viva Tradição apostólica, sempre interpretada de novo sob a guia do Espírito Santo, suscitando sempre novos desafios ante os desafios de cada época, de modo que, cada geração eclesial pode ter certeza de permanecer na mesma fé, sempre igual e sempre nova. 

E para que a guarda da verdadeira fé e o modo de interpretá-la e transmiti-la fosse autêntico, sem cair nos delírios dos avançados nem no medo e no apego doentio a uma segurança do passado, própria dos atrasados, Cristo dotou a Sua Igreja de um Magistério, formado pelo Papa, Sucessor de Pedro, e pelos Bispos em comunhão com ele, sucessores dos Apóstolos. Somente eles têm a autoridade dada pelo Cristo e confirmada pelo Espírito de interpretar retamente a fé da Igreja. 

Num mundo confuso, numa Igreja batida por tantas ondas, quando Satanás tenta seduzir a tantos, a humilde comunhão com os pastores reais que o Cristo real colocou à frente do rebanho, é a mais decisiva garantia de que estamos seguros na verdadeira fé. Que Deus nos conserve, caro Amigo, neste caminho! As portas do inferno não prevalecerão! Mantenhamos-nos fiéis ao sagrado Magistério da Igreja e estaremos na verdadeira fé católica! 


Dom Henrique Soares da Costa 

Postado em seu perfil pessoal na rede social "facebook" em 21/01/2014 às 00:53h

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